O Colectivo de Câmaras de Comércio e Indústria do Norte, Nordeste, Noroeste e Sul do Haiti, estabelece a sua posição sobre o acordo denominado: “Consenso Nacional para uma Transição Inclusiva e Eleições Transparentes” por algumas associações do sector empresarial privado.
O Colectivo não deseja dar o seu apoio a qualquer abordagem que encoraje as más práticas dos signatários, que as reforçam ao excluir uma vez mais as associações regionais de empregadores, “reforçando além disso esta pretensão de impor uma certa supremacia dos decisores e investidores do capital sobre os das províncias”.
Por outro lado, os signatários denunciam os argumentos apresentados por certas associações patronais na nota de 8 de Dezembro, que, segundo eles, não são suficientes para absolver o mal da centralização, do monopólio, da corrupção e da exclusão, engendrados por esta “economia criminosa” que a maioria dos políticos e os legítimos proprietários do sector empresarial de Port-au-Prince, verdadeiros reis, têm vindo a pôr em prática e a reforçar desde há décadas.
O Colectivo não pretende subscrever uma iniciativa que não poderia ajudar o país a sair desta crise histórica sem, sublinha, uma abordagem inclusiva que facilite investimentos susceptíveis de contribuir para o desenvolvimento e progresso, particularmente nas áreas do imobiliário, energia, saúde, educação, agricultura e infra-estruturas.
Contudo, o Colectif apoia qualquer medida que conduza a uma verdadeira resolução desta crise, que continua a agravar as condições de vida da população haitiana.
Por enquanto, o Colectivo de Câmaras de Comércio e Indústria do Norte, Nordeste, Noroeste e Sul do Haiti, decidiu dar um passo atrás em relação à diligência demonstrada pelos organismos envolvidos neste chamado projecto de consenso nacional para uma transição inclusiva e eleições transparentes.