A juíza Maria Cristina de Brito Lima, da 2ª Vara Empresarial da Capital, concedeu o bloqueio dos bens da G.A.S, empresa de Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó dos bitcoins”, dos bens pessoais dele e da esposa dele, Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, para ressarcir ex-clientes que investiam com eles.
Glaidson tornou-se milionário depois de movimentar pelo menos R$ 2 bilhões em uma empresa suspeita de aplicar o golpe conhecido como “pirâmide”. A G.A.S. Consultoria Bitcoin prometia 10% de lucro em investimentos de clientes no mercado de criptomoedas.
O chamado arresto de bens – medida para garantir o pagamento de uma parte prejudicada em um processo – foi para atender ao pedido de uma associação nacional ligada à defesa do consumidor que está processando a G.A.S. A associação pediu à Justiça que a companhia deposite R$ 17 bilhões para ressarcir ex-clientes de Glaidson.
“Concedo a tutela de urgência requerida, para determinar o arresto dos bens apreendidos no âmbito criminal, bem como o arresto online de toda e qualquer conta dos réus, medida esta última que será efetuada pelo gabinete do juízo, até o limite do valor dado à causa, ou seja, até o suficiente para o pagamento do capital investido pelos associados lesados da autora”, determinou a magistrada na decisão.
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Valor ainda seria insuficiente
O pedido foi protocolado no dia 1º de março pela Associação Nacional Centro da Cidadania em Defesa do Consumidor e Trabalhador (Acecont), e foi distribuído à 2ª Vara Empresarial da Capital.
No documento encaminhado ao g1, além do depósito bilionário, os autores da ação também pedem que seja responsabilizada no processo a advogada Mônica Lemos.
Segundo o texto, a advogada que atua na defesa de Mirelis Zerpa (mulher de Glaidson), que está foragida, afirmou a ex-clientes do casal que a G.A.S tem dinheiro para…