O Presidente eleito do Acordo de Montana, Fritz Alphonse Jean, opõe-se a uma intervenção militar no Haiti

CTN News

“Cabe aos haitianos defender o Haiti”, disse o economista Fritz Alphonse, presidente do Acordo de Montana, que se dirigiu à nação na noite de quinta-feira sobre a situação global do país marcada por uma crise multidimensional. Esta intervenção segue-se a certos relatórios de que o governo haitiano está prestes a solicitar uma intervenção militar no Haiti, em vez de encontrar um consenso sobre as prioridades a adoptar para endireitar o barco nacional.

É uma vergonha nacional que os actores políticos prefiram uma intervenção militar no Haiti em vez de encontrarem um acordo para tirar o país da crise económica, social e política, para virar a página do passado e para estabelecer um clima propício às liberdades públicas, O antigo governador do banco central exortou os protagonistas a não cometer os mesmos erros do passado, nomeadamente em 2004 com a chegada dos soldados da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) após a partida forçada do Presidente Jean Bertrand Aristide.

O economista Fritz Alphonse Jean argumenta que a presença da missão da ONU (Minustah) no Haiti custou ao país mais de 6,8 mil milhões de dólares, ao passo que, salienta, esta soma poderia ser utilizada para construir hospitais, universidades e escolas.

Uma intervenção militar não facilitará de forma alguma uma solução para a crise, diz Fritz Alphonse Jean, que apela às forças activas da nação para combinarem os seus esforços a fim de chegarem a um consenso nacional para resolver os problemas que a população enfrenta.

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