Os regimes de sanções do Canadá não irão parar com certos indivíduos envolvidos no crime organizado, corrupção ou tráfico de droga no Haiti. Continuará. Isto é pelo menos o que o embaixador canadiano nas Nações Unidas sugeriu esta sexta-feira, 16 de Dezembro de 2022, numa entrevista exclusiva com ZoomHaitiNews e CaribeanTelevisionNetwork.
Reagindo sobre a aplicação por gota de água das sanções tomadas pelo governo canadiano, seguido pelos Estados Unidos da América contra políticos e empresários haitianos, o diplomata respondeu que se tratava de um exercício pormenorizado. Leva tempo e é normal aplicar sanções desta forma”, disse o embaixador.
Tem de se colocar nomes na lista que se possa justificar, não é uma coisa de um dia, mas tem de ter um impacto a longo prazo”, continuou o representante canadiano da ONU, colocando o ónus sobre as autoridades haitianas de dar seguimento a qualquer acção legal que possam tomar.
Embora seja verdade que a maioria dos políticos e homens de negócios sancionados por estarem em conluio com bandos, acusados de tráfico de droga e corrupção, alegam inocência em resultado das restrições que lhes são impostas, o Embaixador Rae salienta que os regimes de sanções internacionais têm a ver com um processo legal. Tem de haver um processo legal em resposta, por assim dizer, se os alegados criminosos e/ou traficantes de droga vão realmente responder.
Acrescentando que as medidas canadianas-americanas nada têm a ver com sanções políticas, o diplomata disse que os envolvidos devem responder através de um processo legal, embora tenha dito que era necessário encontrar provas sólidas a partir das quais o governo do seu país pudesse decidir sobre sanções para ajudar o Haiti a lidar com o banditismo em grande escala que se instala no país e que está a assumir proporções inimagináveis, graças à cumplicidade de políticos e homens de negócios.
O que vai acontecer a seguir, Emmanuel Paul perguntou ao embaixador Bob Rae? Estes últimos responderam que os regimes de sanções são emitidos tendo em consideração as leis canadianas específicas.
O representante canadiano junto da ONU informou que o Conselho de Segurança está a trabalhar nas especificidades de como responder às sanções internacionais, as quais, segundo ele, se justificam pelo facto de o crime e a corrupção já não poderem ser tolerados. Por isso, é necessário tomar medidas contra isso.
Cabe ao governo haitiano decidir se deve ou não dar seguimento às sanções. Os observadores podem perguntar, mas que governo haitiano? Ariel Henry’s?