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Igor Felippe: A guerra política de 2022

CTN News

 

1- A virada do ano foi marcada pelo recorde da inflação, pela tragédia das chuvas, especialmente na Bahia, em Minas Gerais e agora em São Paulo, e pela disseminação das doenças, a variante da influenza (H3N2) e a cepa omicron da Covid-19. O medo e a insegurança com as chuvas, as doenças e a crise social deram a largada de um ano decisivo na luta política, com as eleições presidenciais.

2- As pesquisas de opinião apontam um cenário de larga vantagem do ex-presidente Lula, com mais de 40%, enquanto o atual presidente Jair Bolsonaro se segura no patamar de 25% e a “terceira via” dividida e atolada com menos de 10%. A expectativa de vitória do Lula nas eleições têm o efeito positivo de alimentar a esperança no campo progressista de impor uma derrota à corrente do neofascismo e às forças do neoliberalismo.

3- Houve uma mudança na conjuntura em 2021, com a retomada dos direitos políticos pelo Lula e com a retomada das ruas pelas forças democráticas e populares, paralelamente ao desgaste do governo Bolsonaro, mas não se alterou a correlação de forças, que ainda é desfavorável para as forças populares e as organizações da classe trabalhadora. O Brasil passa por uma onda neoliberal e conservadora nos últimos oito anos, que teve efeitos na política, na economia e no Estado.

4- O país passou pela “doutrina do choque” com o golpe de 2016 e o governo Bolsonaro, que aprofundaram uma politica econômica ultraneoliberal, que aumentou a crise econômica e a instabilidade política ,a crise social, com impacto em toda a sociedade. Houve reações diversas na burguesia e na alta classe média. A condução político-ideológica do governo por Jair Bolsonaro, com destaque para postura diante da pandemia, gerou contradições políticas na burguesia, que se encontra dividida nas candidaturas do atual presidente e da chamada “terceira via”.

5- No entanto, as diferenças políticas…

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