Os líderes dos países membros do G20 estão se reunindo no Brasil nesta quinta-feira.
Este evento será amplamente dominado pela situação no Oriente Médio, a guerra na Ucrânia e a situação em Haiti, entre outros temas.
O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, que participará deste evento, aproveitará a oportunidade para discutir o desdobramento de uma força de segurança em Haiti.
“Além dos compromissos relacionados ao G20, o Secretário de Estado participará de uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G20 e parceiros convidados para abordar a crise humanitária em Haiti e reunir apoio para a Missão de Apoio à Segurança Multinacional (MSS)”, segundo um comunicado do Departamento de Estado.
O Secretário de Estado dos EUA espera aproveitar esta atividade para obter o apoio de outros países para contribuir com a missão de segurança que em breve será implantada em Haiti. “Também vamos focar no apoio dos Estados Unidos à Missão de Apoio à Segurança Multinacional (MSS) em Haiti e nos esforçaremos para galvanizar mais contribuições internacionais”, disse o Departamento de Estado dos EUA.
Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, representantes da China e outros países membros do G20 participarão desta atividade.
Como fervoroso defensor do povo haitiano, o presidente do Brasil também pretende aproveitar esta cúpula para chamar a atenção internacional para a necessidade de facilitar uma solução para a crise haitiana. Ele também enfatizará a situação no Oriente Médio, especialmente as ações do exército israelense na Palestina, que resultaram em quase 30.000 palestinos mortos desde os ataques dos militantes do Hamas, causando mais de 1.200 mortes em Israel.
Em uma longa mensagem publicada em sua conta, anteriormente conhecida como Twitter, Luiz Inácio Lula da Silva denuncia a hipocrisia e a falta de humanidade dos países ricos que decidiram reduzir a ajuda humanitária aos palestinos em grande necessidade. “As recentes acusações contra funcionários da agência devem ser investigadas adequadamente, mas não devem paralisar a organização. Os refugiados palestinos na Jordânia, Síria e Líbano também serão abandonados. É necessário pôr fim a essa inumanidade e covardia”, escreveu o Sr. Lula, que também defendeu um “cessar-fogo definitivo que permita a prestação de ajuda humanitária sustentável e sem obstáculos, bem como a libertação imediata e incondicional dos reféns”.
Retorno ao Cairo no contexto da terrível catástrofe humanitária na Faixa de Gaza. O ataque do Hamas de 7 de outubro contra civis israelenses é indefensável e mereceu veemente condenação do Brasil. A reação desproporcional e indiscriminada de Israel é inadmissível e constitui um…
— Lula (@LulaOficial) February 15, 2024
Uma delegação composta, entre outros, pelo chefe de gabinete do primeiro-ministro e pelo ministro das Relações Exteriores também participará desta cúpula do G20, segundo um membro do gabinete do primeiro-ministro Ariel Henry.