Guarde isso: idosos podem viajar, mesmo sozinhos. Em se tratando de cuidados, o que deve ser levado em consideração não é a idade, mas o estado de saúde geral. Tanto é que não faltam exemplos de pessoas com mais de 60 anos que “colocam no chinelo” outras, bem mais jovens do que elas, quando se trata de ter disposição.
Imagina dar a volta ao mundo de barco aos 77 anos, escalar o Everest aos 73, ou desbravar o Polo Norte aos 89 anos?
Sim, embora incomum, é possível na terceira idade. O japonês Minoru Saito ficou 1.080 dias velejando pelo mar, tendo passado por Austrália, África do Sul, Chile e Havaí, antes de retornar para casa. Também do Japão, a alpinista Tamae Watanabe, além de tornar-se a mulher mais idosa a escalar o Everest, subiu o Kilimanjaro, o Mont Blanc e o Aconcágua. E a americana Dorothy Hirsch, a bordo de um navio quebra-gelo russo, desbravou o Ártico e entrou para o Livro dos Recordes.
Mas, não estando tão vigoroso assim, vale o idoso (ou, se for dependente, sua família e os cuidadores) ponderar, tomar cuidados e se informar com o médico e a empresa de turismo para que a viagem e o destino atendam a alguns requisitos importantes, visando bem-estar e segurança.
Até porque, com o envelhecimento, naturalmente o organismo muda. Está mais sensível à desidratação, exposição solar, sujeito a declínios de imunidade, sensoriais e motores.
Acessibilidade é preciso em tudo
Não sendo aventureiro e amante do perigo, é prudente o idoso escolher meios de transporte e alojamentos que atendam suas necessidades. São pontos a se priorizar, ainda mais ele tendo alguma limitação, se há check-in prioritário, embarque com acompanhamento especial, hotel com elevador, equipe médica, rampas de acesso, além de corrimões e barras de apoio em áreas comuns, quartos e banheiros. Geralmente, grandes redes hoteleiras têm tudo isso.
Se…