Na última sexta-feira (28), o chanceler russo, Sergei Lavrov, foi claro: “no que depender da Federação Russa, não haverá guerra”. A mensagem foi saudada por um alto funcionário da diplomacia norte-americana. Segundo o portal russo Sputnik, a declaração foi bem recebida, mas o governo dos Estados Unidos espera “vê-la apoiada por uma ação rápida”. Esperam que o governo russo confirme a adesão aos princípios estipulados pela “democracia” imperialista norte-americana no último dia 26.
Os “princípios”, apesar de não divulgados publicamente, dizem respeito às constantes acusações por parte do imperialismo de que o governo russo possui tropas posicionadas próximas à fronteira com a Ucrânia, prontas para invadir o país. Apesar de reiteradamente declarar que não têm a intenção de invadir o país vizinho, a Rússia defende o direito de movimentar suas tropas dentro de seu território, algo elementar para qualquer país soberano.
Provocação disfarçada de diplomacia
Além disso, logo após a declaração de Lavrov, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que “o Ocidente ignorou” as preocupações de seu país com as respostas dos Estados Unidos e da OTAN à lista de exigências submetida publicamente pela diplomacia russa ainda em dezembro. O governo dos Estados Unidos e a OTAN pediram que suas respostas, recebidas pela diplomacia russa no último dia 26, fossem mantidas em sigilo.
Por trás do polido discurso diplomático imperialista, portanto, esconde-se uma provocação. Apesar da afirmação de intenções pacíficas feita por Lavrov e das exigências defensivas da Rússia, como a não-participação da Ucrânia na OTAN e a remoção de tropas e armamento imperialistas das ex-repúblicas soviéticas, o imperialismo avança com demandas que violam a soberania do país, como o direito a movimentar tropas dentro de seu próprio território diante de uma clara situação de ameaça.
A imprensa imperialista…