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Assembleia Geral da ONU apela ao levantamento do bloqueio económico contra Cuba

CTN News

Uma votação histórica teve lugar durante o debate anual na Assembleia Geral da ONU sobre o bloqueio a Cuba.


185 países votaram a favor do levantamento do embargo à nação insular. Os EUA e Israel votaram contra, enquanto o Brasil e a Ucrânia se abstiveram.

Esta é a 27ª vez desde 1992 que a Assembleia Geral da ONU vota o levantamento do embargo económico e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba, que viola os direitos humanos do povo cubano, bem como a liberdade de comércio e navegação desde 1962.

Vários países que falam em nome da liberdade dos povos pronunciaram-se contra este bloqueio. A Eritreia, falando em nome do Grupo de Amigos em Defesa da Carta da ONU, e o Azerbaijão, falando em nome do Movimento dos Não-Alinhados, recordaram que mais de 240 medidas tinham sido implementadas durante a anterior administração americana, lamentando que a maioria destas medidas adicionais permaneça em vigor até hoje.
Manter medidas restritivas contra Cuba numa altura em que o mundo enfrenta uma crise energética e alimentar agravada pela pandemia da COVID-19, e o recente furacão Ian, é nada menos que desumano, disse a Federação Russa, apontando para o “custo colossal” do bloqueio americano, recordando que nos primeiros 14 meses da presidência do Presidente Joe Biden, as perdas relacionadas com o comércio de alimentos e água foram estimadas em 1,5 mil milhões de dólares. Na presidência de Joe Biden, as perdas ligadas às medidas de sanções anti-cubanas atingiram 6,3 mil milhões de dólares, ou mais de 15 milhões de dólares por dia.

A República Dominicana, falando em nome do Sistema de Integração Centro-Americana (SICA), lamentou que a difícil situação internacional, marcada em particular pela COVID-19, não tivesse permitido uma aproximação entre Cuba e os Estados Unidos.

A Argentina, falando em nome da Comunidade dos Estados da América Latina e Caraíbas (CELAC), pronunciou-se contra a inclusão injusta de Cuba na lista de patrocinadores estatais do terrorismo pelo Departamento de Estado norte-americano, uma categorização sem fundamento que limita as suas hipóteses de estabelecer relações comerciais.
Pela sua parte, a Venezuela denunciou o “terrorismo económico” dos Estados Unidos e o seu carácter extraterritorial, que afecta qualquer país ou entidade que pretenda manter relações económicas, comerciais ou financeiras com Cuba.

Imediatamente após a votação, o Presidente cubano Miguel Canel Dias Bermudas atacou os EUA. De que estão os Estados Unidos à espera para levantar o bloqueio? A voz de Cuba continuará hoje a erguer-se nas Nações Unidas para denunciar o bloqueio genocida, apoiado pela grande maioria da comunidade internacional.

Pela sua parte, o Presidente venezuelano Nicolas Maduro ficou encantado. A Venezuela celebra a vitória da nossa irmã Cuba, hoje, 3 de Novembro, na ONU. 185 países enviaram uma mensagem clara e contundente: Parem o bloqueio! Chegou o momento de uma nova humanidade de respeito. Viva a dignidade do povo cubano”, disse ele no Twitter.

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