7.300 haitianos foram contados na fronteira a partir da República vizinha em Abril. Quase metade deles foram deportados, disse na sexta-feira o Grupo de Apoio aos Refugiados e Repatriados (GARR).
3.158 foram repatriados; 3.246 decidiram regressar; 856 foram reprimidos e mais de 2.800 disseram ter sido presos antes de serem levados para a fronteira, informou a organização, que controla os direitos dos migrantes.
As deportações aumentaram desde o ano passado no meio de tensões diplomáticas entre os dois países e de medidas tomadas pelo governo de Luis Abinader para travar a travessia ilegal de haitianos.
Em Março, a GARR relatou o regresso de pelo menos 300 haitianos, alguns dos quais afirmaram ter sido abusados, agredidos sexualmente e roubados dos seus bens.
A GARR também denunciou recentemente o facto de mesmo os haitianos com licenças de trabalho na República Dominicana serem discriminados, embora representem 28% da mão-de-obra na agricultura e 29% na construção civil.
Apesar da sua considerável contribuição, são continuamente discriminados com base na sua cor de pele ou estatuto de imigração. São obrigados a trabalhar para além do horário fixo (05:00 às 17:00 horas locais) e são pagos muito menos do que deveriam, informou a GARR.
Neste sentido, a organização encorajou as autoridades haitianas a facilitar a documentação dos seus nacionais para legalizar o seu estatuto de imigração.
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