O Brasil deve se beneficiar da alta do petróleo e terminar 2022 com crescimento de 0,8%, aponta um relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgado nesta terça (19). No entanto, o país deve seguir com inflação alta, em torno de 8,2%, e desemprego na faixa de 13,7%, prevê a instituição.
A projeção atual de crescimento do Brasil, citada no estudo World Economic Outlook (Perspectiva Econômica Mundial) é 0,5% maior do que a estimativa divulgada em janeiro, que previa alta de 0,3% no ano. No entanto, o valor é quase metade do citado na previsão feita há seis meses. Em outubro de 2021, o FMI previa que o país cresceria 1,5% em 2022.
“O Brasil tem um dos números mais baixos em nossa projeção de crescimento para a região. A maior parte disso se deve a um ciclo agressivo de aperto por parte do Banco Central do Brasil para conter as pressões da alta de preços. Ao mesmo tempo, o Brasil é um exportador de petróleo e está se beneficiando do aumento de preços de petróleo e energia. Então, há uma revisão para cima”, disse Pierre-Olivier Gourinchas, diretor de pesquisa do FMI, em entrevista coletiva, após pergunta feita pela Folha.
O preço do barril de petróleo no mercado internacional passou a flutuar na faixa de US$ 100 após o começo da Guerra da Ucrânia. Há um ano, custava em torno de US$ 60.
Perguntada sobre o possível impacto das eleições presidenciais brasileiras para a economia brasileira, Petya Brooks, vice-diretora de pesquisas, disse que “de forma geral, qualquer tipo de incerteza eleitoral e política não são fatores positivos para o crescimento”.
A última edição do boletim Focus, publicada pelo Banco Central no fim de março e que soma as expectativas do mercado brasileiro, apontou previsão de crescimento de 0,5% do PIB. Em fevereiro, o Brasil tinha taxa de desemprego de 11,2%. Em março, a inflação somada em 12 meses chegou a 11,3%, segundo dados do IPCA.
O FMI rebaixou…