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‘Cultura é a maior defesa contra a demagogia’, diz poeta espanhol Luis García Montero

CTN News

 

BRASÍLIA – Se a expressão soft power tivesse sido criada especialmente para alguém, essa pessoa seria Luis García Montero. Diretor do Instituto Cervantes, ele se sente responsável por difundir o idioma, a cultura, e, sobretudo, os valores da jovem e vibrante democracia espanhola, como se vê nesta entrevista concedida durante passagem pelo Brasil.

 

O poeta de fala mansa, nascido na Granada de Lorca em 1958, García Montero, ex-membro do Partido Comunista, candidato derrotado a governador de Madri em 2015, leva adiante a luta política no front cultural sem deixar de defender a igualdade e a liberdade que, para ele, são simbióticas:

— Se resumo minha vida, me dediquei à poesia porque nasci em Granada, a cidade de Federico García Lorca. Fazia poucos anos que havia acabado a Guerra Civil, na qual ele foi assassinado. Dediquei-me à poesia tentando resgatar a herança de Lorca e a fazê-la inseparável da liberdade.

 

Conhecido por seus poemas, alguns deles transformados em canções de sucesso, como “Aunque tú no lo sepas’’, García Montero foi alçado ao posto de “viúvo da Espanha’’ após a morte de sua mulher, a escritora Almudena Grandes, de câncer, aos 61 anos, no dia 27 de novembro do ano passado. “A ausência é uma forma de inverno’’ (leia o poema na página 2), que ele havia escrito anos antes, e que pareceu premonitório, viralizou. Triste, mas valente, ele recebeu O GLOBO na sede do Cervantes na capital para uma conversa sobre cultura e política, poesia e amor.

Quando aceitou o cargo de diretor do Instituto Cervantes, em 2018, você afirmou que esperava contribuir com “um grão de areia”. O que conseguiu realizar e o que espera fazer daqui para a frente?

A ideia de contribuir com um grão de areia tem a ver com o que…

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