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Crise no Haiti: “Qualquer solução cosmética imposta pela comunidade internacional está condenada ao fracasso”, adverte Daniel Foote

Emmanuel Paul
Emmanuel Paul - Journalist/ Storyteller

O antigo enviado especial dos EUA ao Haiti adverte contra qualquer idéia de instalar uma faculdade presidencial para liderar o país.
As Nações Unidas já tentaram soluções cosméticas que nunca funcionaram no Haiti, disse Daniel Foote, que, como sempre, foi muito crítico em relação à Representante Especial da ONU no Haiti, Helen Meagher Lalime, que ele descreve como “arrogante” por ter constantemente tomado uma posição contra os interesses do povo haitiano.

“É possível que a ONU tente instalar um novo presidente ilegítimo ou pressionar para eleições com o primeiro-ministro de facto Ariel Henri”. Isto contribuirá para a escalada da crise”, adverte o diplomata.

Daniel Foote também acredita que a solução para a crise é “inevitavelmente através da partida de Ariel Henri”, que é incapaz de resolver os problemas que o povo haitiano enfrenta. O antigo enviado especial ao Haiti também acredita que o neurocirurgião tem mostrado má fé nas negociações. Tudo o que ele [Ariel Henri, nota do editor] quer é se perpetuar no poder”, denunciou o diplomata aposentado em entrevista exclusiva à ZoomHaitiNewes e à CaribbeanTelevisionNetwork a ser transmitida na sexta-feira, 16 de setembro.
O Sr. Foote aproveitou a oportunidade para lamentar os atos de violência e saques registrados nos últimos dias no Haiti. Essas ações, disse ele, refletem a frustração de uma população que sofreu por muito tempo com a incompetência e a corrupção de líderes apoiados pela comunidade internacional. Essas cenas de saque e violência poderiam ter sido evitadas se não fosse a teimosia da comunidade internacional e a obsessão de Ariel Henri em manter o poder a todo custo”, disse Daniel Foote.
De fontes concordantes, aprendemos que a comunidade internacional, através das Nações Unidas, está negociando com certos atores para encontrar uma “solução” para a crise. A ONU propôs um colégio presidencial para liderar a transição.
Enquanto isso, a população continua a tomar as ruas em massa. Na quinta-feira, foram organizados protestos em várias regiões do país, notadamente na capital e em Gonaïves (Artibonite-Nord), onde foram observadas cenas de saques e queimadas.

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