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Alguns dos alegados assassinos de Jovenel Moise têm laços estreitos com a CIA e a DEA, de acordo com a Univision

Emmanuel Paul
Emmanuel Paul - Journalist/ Storyteller

A Univision dos media americanos fez novas revelações sobre o assassinato do ex-presidente haitiano Jovenel Moise. Segundo o jornal, vários dos alegados assassinos de Jovenel Moise “têm laços estreitos com os serviços secretos americanos”.

A quinta maior rede de comunicação social dos EUA citou nomeadamente o nome do empresário haitiano Rodolphe Jaar, que trabalhou para a Agência de Luta contra a Droga dos EUA (DEA) como informador. Também citou Joseph Vincent, que também trabalhou para os serviços secretos dos EUA.

É também mencionado outro indivíduo de nome Arcangel Pretel. Pretel, um antigo treinador militar colombiano, tinha colaborado em operações antidroga nos anos 90, quando a CIA, a DEA e as forças colombianas trabalharam em estreita colaboração para derrubar os cartéis de droga de Medellín e Cali, revelou a Univision, apontando outros alegados assassinos de Jovenel Moise que tinham colaborado com a CIA e/ou a DEA no passado.

O popular órgão de comunicação social dos EUA também revelou que o Departamento de Justiça dos EUA pediu ao juiz federal que trata do caso no estado da Florida que tomasse medidas para proteger certos documentos que não devem ser tornados públicos.

“O governo diz que as provas no julgamento de um homem colombiano acusado de participar no assassinato do Presidente Jovenel Moise envolvem informações classificadas”, segundo a Univision, que recorda que em Julho passado o Departamento de Justiça pediu a um tribunal de Miami que impusesse medidas especiais de segurança para impedir que informações classificadas fossem tornadas públicas no caso de um dos homens acusados de participar na alegada conspiração do assassinato do presidente haitiano”. O jornal noticiou também que uma empresa de segurança sediada na Florida também esteve envolvida no planeamento e execução do assassinato de Jovenel Moise.

De acordo com um antigo chefe de operações da DEA nas Caraíbas, Mike Vigil, citado pela Univision, o comportamento do governo dos EUA “sugere praticamente que a CIA esteve envolvida” na execução do antigo chefe de estado Haitiano.

O julgamento do colombiano Mario Palacios deverá ter lugar no próximo mês. Mas tudo indica que a data não será mantida para evitar que informações altamente secretas sejam reveladas ao público em geral.

Num artigo publicado pela CNN, o juiz de instrução Garry Aurélien, responsável pelo caso do assassinato de Jovenel Moise, tinha citado o nome do primeiro-ministro de facto haitiano Ariel Henry, que estaria envolvido até ao pescoço no assassinato do antigo chefe de Estado. O nome do ex-presidente Michel Joseph Martelly é também citado pelo director executivo da rede nacional dos direitos humanos, Pierre Espérance, e outros. Mas Ariel Henry e Michel Martelly parecem ter o total apoio do governo dos EUA.